quinta-feira, novembro 08, 2007

Brinquedo que contem droga é vendido no Brasil

De acordo com o G1, o diretor de qualidade do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), Alfredo Lobo, recomenda que, por precaução, os pais não deixem suas crianças brincarem com o produtos da linha Bindeez, que sofreu recall nos EUA, Austrália e Canadá, mas é vendido no Brasil.
O brinquedo foi recolhido nos três países porque suas partes, quando engolidas, se transformam em uma substância similar ao GHB (ácido gama-hidroxibutírico), droga conhecida como “ecstasy líquido”, usada no golpe "boa noite, Cinderela".
A substância tóxica do Bindeez pode causar euforia se ingerida em pequenas doses, mas, em maior quantidade, causa depressão e pode levar ao estado de coma.
“Os consumidores devem tirar o brinquedo das crianças imediatamente”, informou a Comissão de Segurança de Produtos ao Consumidor americana, no aviso oficial de recall.
“Nossa equipe está mapeando o problema, mas parece que o brinquedo estava regularizado. Precisamos averiguar se houve falha na certificação ou se a substância que causou o recall nos EUA não está prevista no regulamento do Mercosul, adotado pelo Brasil”, explica Lobo.
Importador
A empresa responsável pela importação dos brinquedos no Brasil, a Long Jump, de São Paulo, informou ao G1 que ainda está fazendo levantamento de quantas peças foram distribuídas no mercado nacional.
Segundo o departamento de marketing da Long Jump, advogados da empresa estavam reunidos na manhã desta quinta-feira (8) para avaliar que medidas deveriam ser adotadas em relação aos consumidores, distribuidores e junto à fábrica chinesa que produz o brinquedo.
Regulamentação
O Inmetro é a instituição que cria normas de qualidade para produtos vendidos no país e concede a outras instituições o poder de certificá-los. Segundo Alfredo Lobo, as normas de qualidade do Brasil são tão rigorosas quanto as dos EUA, ou até mais.
“Quando o problema for localizado, estudaremos a possibilidade de um recall cautelar”, afirma o diretor do Inmetro.
Pravda.ru

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