sábado, novembro 10, 2007

Israelenses e palestinos dizem que querem um acordo de paz logo

RAMALLAH – Oficiais israelenses e palestinos esperam chegar a um compreensivo acordo de paz antes do final do mandato de Bush, segundo oficiais.
Esse objetivo se une com os empenhos da secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, de pressionar os dois lados em um plano de paz durante seu período no cargo. O presidente palestino, Mahmud Abbas, e o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disseram que eles usariam a conferência de paz do Oriente Médio em Annapolis, no Estado americano de Maryland, para dar início às conversas substanciais nos quatro assuntos finais contenciosos que atrasaram as negociações de paz desde 1979.
“Os lados americano, israelense e palestino são tão insistentes que chegamos ao fim antes do término do mandato do presidente Bush, e é isso que queremos”, disse Abbas em uma coletiva de imprensa. Ao lado dele, Rice deu um sinal de aprovação.
Olmert apoiou firmemente as conversas de paz em um discurso para uma platéia em Jerusalém uma noite antes. Enquanto os palestinos pressionavam para finalizar as pendências na conferência, os israelenses hesitavam, argumentando que as necessidades de segurança vinham primeiro.
Olmert, sem abrir mão da questão de segurança, disse: “Annapolis será o ponto de início para negociações sérias e profundas que não evitarão nenhum assunto ou ignorarão qualquer divisão que atrapalhou nossas relações com o povo palestino durante muitos anos”.
Mas em seu discurso feito em hebreu e transmitido ao vivo de Israel, Olmert considerou a questão de um cronograma de maneira muito mais cautelosa do que Abbas. “Se nós e os palestinos agirmos com determinação”, ele disse, “há uma chance que possamos alcançar realizações verdadeiras, talvez até antes do término do mandato do presidente Bush”.
Negociadores israelenses e palestinos continuarão a discutir quão sério o compromisso de Annapolis deve ser para resolver as negociações, mas o apoio público de algo como um cronograma é um sinal positivo que a conferência será o início de verdadeiras negociações de paz.
Helene Cooper/ New York Times

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