É esta a nova pista seguida pela Polícia Judiciária (PJ), que aguarda o envio pelas autoridades britânicas, dos registos de todas as chamadas efectuadas e recebidas nos telemóveis do casal McCann e seus amigos desde que chegaram à Praia da Luz.
Outra aposta da nova equipa da PJ liderada pelo inspector-chefe Paulo Rebelo assenta nas contradições dos testemunhos efectuados tanto por Gerry e Kate e seus amigos como pelos funcionários do aldeamento, os quais estão novamente a ser ouvidos. O DN sabe que, pelo menos, três funcionários (uma recepcionista e dois empregados de mesa do restaurante Tapas) foram ouvidos, de novo, na passada semana. Um dos aspectos que estará a merecer especial atenção da PJ prende-se com o funcionário do restaurante, português, que diz ter sido a primeira pessoa a chegar até Kate, quando esta deu pelo desaparecimento da filha.
Ao contrário do que tem sido relatado, Kate deu o alerta na varanda do apartamento onde dormia Maddie com os irmãos gémeos Sean e Amélie, e não no restaurante. "Ela estava em pânico e aos gritos, "levaram-na, levaram-na, levaram a nossa menina", contou aquele funcionário aos colegas, adiantando que face à aflição da mãe de Maddie, "o marido e os amigos correram para ver o que se passava". Só depois, Kate terá regressado ao restaurante, numa altura em que já andava toda a gente à procura da criança.
Por outro lado, o DN sabe que a funcionária da recepção foi interpelada pelos inspectores para tentar recordar-se de alguém que tivesse passado na rua na altura em que Maddie desapareceu. É que a recepção do The Ocean Club está a dois passos da via pública e quem ali circulou em direcção a sul teria obrigatoriamente de passar junto àquele serviço.
PAULA MARTINHEIRA e JOSÉ MANUEL OLIVEIRA
Diário de Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário