quinta-feira, setembro 27, 2007

O Trabalho com Crianças e Adolescentes

“Jesus, porém, disse: Deixa os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus” (Mat. 19:14)
“Respondeu-lhes Jesus: …nunca lestes: Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor?” (Mat. 21:16)
Um trabalho extraordinário está sendo realizado nas igrejas Maranata com as crianças. Este trabalho é mais uma evidência do poder e da sabedoria de Deus, além de demonstrar a importância de se ouvir o Senhor falar à Igreja por meio dos dons espirituais. Se a direção da Igreja não estivesse ouvindo “o que o Espírito está dizendo às igrejas” de uma forma clara, jamais este trabalho teria sido realizado.
Tudo começou em meados da década de 90, quando o Senhor revelou à Igreja que queria realizar algo novo entre as crianças. Naquela época, já havia classes regulares de Escola Dominical em todas as igrejas Maranata e os pastores e professores de Escola Dominical pensavam que o trabalho entre as crianças estava sendo desenvolvido de forma satisfatória.
O Senhor deu, então, uma revelação que surpreendeu a todos: as crianças são a Igreja de hoje, ou seja, elas são o presente da Igreja. Ora, todos haviam aprendido que as crianças eram a Igreja do futuro, não do presente. Surgiu, então, a questão: qual o alcance dessa revelação e o que essa afirmação representaria na prática?

As Primeiras Orientações

Quando o Senhor revelou que tinha um projeto especial para as crianças, e que um trabalho sério e profundo deveria ser desenvolvido entre elas, mostrou também que os professores da Escola Dominical, com a ajuda dos pastores, deveriam trabalhá-las de uma maneira diferente da tradicionalmente praticada nas igrejas protestantes e pentecostais.
Os professores deveriam transmitir às crianças ensinos mais substanciais sobre as doutrinas bíblicas fundamentais, sempre baseados em histórias de personagens bíblicos. Deveriam ensinar às crianças de forma clara sobre a salvação que há no Senhor Jesus, inclusive sobre o que é vida eterna e o que é condenação eterna.
Deveriam, também, deveriam ensinar sobre batismo com o Espírito Santo e vida de santificação e obediência ao Senhor. Mais ainda: deveriam ensinar as crianças a utilizar os meios de graça (oração, leitura da Palavra, clamor pelo sangue de Jesus) para que elas pudessem defender-se das opressões e dos perigos deste mundo.
Tudo isso pareceu ainda mais difícil porque o Senhor mostrou que esses ensinos deveriam ser transmitidos não apenas a crianças mais velhas, mas a todas as crianças a partir dos 3 anos de idade. Todas precisavam ter uma experiência com a realidade do Cristo vivo que ama as crianças e está pronto a atender a suas orações.
Naquela época os crentes pensavam que as crianças – sobretudo as mais pequenas – eram incapazes de entender essas lições e que era impossível manter a atenção das crianças durante toda a Escola Dominical. Por isso, os professores ocupavam a maior parte do tempo das crianças em atividades de desenhar e de colorir desenhos. A Escola Dominical para as crianças menores era sobretudo para entretê-las e evitar que incomodassem os adultos durante o culto.
Grande foi, portanto, a surpresa quando as crianças começaram a entender as aulas, a se interessarem, apreciarem a Escola Dominical e a colocarem em prática os ensinos recebidos em sua vida diária. As crianças começaram a surpreender os pais, demonstrando por vezes maior sensibilidade quando a atender a vontade do Senhor do que os próprios adultos. Passaram a experimentar vitórias, por meio da oração, em suas lutas cotidianas.

Participação nos Cultos

O Senhor orientou, desde o início, que as crianças deveriam comparecer aos cultos regulares da igreja. No entanto, não mais deveriam dormir no colo das mães, mas deveriam ter parte ativa nos cultos, orando, cantando louvores, ouvindo a pregação da Palavra. Os pastores foram, então, orientados a valorizar a presença das crianças nos cultos, olhando para eles e dirigindo a eles a mensagem.
Mas para que fosse possível o atendimento dessa orientação, seria preciso educar não apenas as crianças, mas sobretudo os pais e os professores da Escola Dominical. Filhos e pais precisaram ser convencidos sobre a importância da presença das crianças nos cultos, pois havia bênçãos para elas, mesmo nos cultos regulares (onde não havia Escola Dominical). Em segundo lugar, precisavam entender que o Senhor se agradava do louvor das crianças nos cultos. Para isso, as crianças deveriam sentar-se nos primeiros bancos da igreja com os professores, que não lhes ofereceriam o colo para dormirem, mas as estimulariam a louvar o Senhor com orações e entoando hinos.
Após o término do culto, durante o período de atendimento aos presentes (crentes e visitantes), os pastores e obreiros deveriam estar prontos a dar também atendimento às crianças, orando pelas que solicitavam atendimento individualmente. As crianças passaram, então, a pedir regularmente orações por suas necessidades (problemas no lar, na escola, de saúde, etc.). A Igreja se apresentaria às crianças como um “ninho de amor”, onde elas encontrariam segurança, estima, amor e apoio às suas necessidades.
Como resultado imediato, a fé das crianças aumentou, elas se sentiram valorizadas na igreja, passaram a apreciar os cultos e a comunhão com a igreja, e começaram a ter respostas às orações feitas por elas no período do atendimento após o culto. Ademais, aprenderam a se comportarem nos cultos como adoradores e não mais alheias ao que ocorria ao seu redor. Tudo isso contribuiu para aumentar sua segurança, o que é importante para enfrentarem vitoriosamente as lutas deste mundo (lares que se desfazem em meio a lutas, violência de colegas nas escolas, incompreensão de professores, etc.).
Obs. Essa tarefa foi facilitada pelo fato de os cultos regulares nas igrejas Maranata serem de curta duração, embora frequentes.

Testemunho e Visitantes

O Senhor mostrou, também, que as crianças deveriam ser instruídas a testemunhar com destemor do amor e da salvação que há no Senhor Jesus a seus amigos, colegas, vizinhos e parentes. As crianças entenderam este ensino e começaram a praticá-lo. Todos na Igreja se surpreenderam com a coragem das crianças para testemunhar do Senhor Jesus não apenas a parentes e amigos, mas também nas escolas, a seus colegas, professores e até mesmo diretores de escolas.
Como resultado, o Senhor começou a trazer para os cultos regulares da Igreja crianças de todas as idades cujos pais não eram crentes, trazidas por seus amigos, colegas, vizinhos ou parentes. Essas crianças começaram a ter experiências de salvação com o Senhor Jesus. Após receberem a salvação, passavam a testemunhar do Senhor Jesus a seus pais que começavam, então, a frequentar a igreja e, finalmente, se convertiam.
O Senhor orientou então que, em um determinado mês do ano, toda a igreja cooperaria com as crianças na evangelização que elas desenvolveriam. Os jovens e adultos estariam orando e jejuando ao longo daquele mês para que as crianças estivessem testemunhando de Jesus e convidando seus conhecidos para um culto de evangelização, ao final do mês. Este seria o “Mês da Evangelização das Crianças”.
Pouca era a expectativa da Igreja quanto ao sucesso desse trabalho na primeira ocasião em que se atendeu a essa orientação. Grande foi, portanto, a surpresa quanto as igrejas receberam o maior número de visitantes jamais visto nos cultos de evangelização. As crianças superaram os adultos na capacidade de levar visitantes às igrejas. Nessa primeira evangelização pelas crianças, em algumas igrejas a maior parte dos membros tiveram de assistir ao culto de pé para que houvesse bancos disponíveis para os visitantes.
A partir de então, percebeu-se que as crianças haviam-se tornado os principais “evangelistas” da Igreja. Ninguém mais duvidou de sua capacidade de testemunhar do Senhor Jesus e de trazer visitantes para a igreja. Mais uma vez a revelação do Senhor surpreendeu a todos!

Grandes Reuniões

Como as crianças foram bem treinadas a obedecer a seus professores (isso ocorreu com a ajuda de pais espirituais e sensatos), o Senhor teve condições de orientar – o que ocorreu a seguir – a realização de Grandes Reuniões para o ensino da Palavra de Deus às crianças. Reuniram-se milhares de crianças nesses encontros nas diversas cidades do país para um programa exclusivamente espiritual.
Grande foi a surpresa de todos ao perceberem, primeiramente, que nessas Grandes Reuniões as crianças se comportaram ordeiramente, pois as crianças haviam aprendido a respeitar seus professores, atendendo a suas orientações.
Tudo estava pronto para a última orientação que o Senhor Deus sobre o trabalho com as crianças: a realização de Grandes Reuniões de Evangelização. As crianças convidariam centenas e até milhares de visitantes para essas reuniões, conforme a quantidade de igrejas envolvidas em cada oportunidade - o que dependia do tamanho dos anfiteatros ou ginásios de desportos disponibilizados para esses eventos.
As crianças reagiram com interesse, seriedade e dedicação, convidando um número imenso de visitantes, que compareceram a esses eventos e foram tocados pelo Espírito Santo. Como resultado imediato, muitos visitantes aceitaram o Senhor Jesus como Salvador e outros começaram a aproximar-se da Igreja, passando a frequentar os cultos e, finalmente, convertendo-se ao Senhor.
O comportamento exemplar das crianças e sua participação nessas grandes reuniões têm sido um extraordinário testemunho para os convidados incrédulos – quer crianças quer adultos. Inúmeros são os testemunhos de convidados que são quebrantados quando ouvem o louvor pelas crianças em perfeita ordem nessas reuniões.
Em uma Grande Reunião da Igreja Maranata realizado em um estádio de futebol em Belo Horizonte, Brazil, em 21 de abril de de 2006, com a presença de 100.000 pessoas algo inusitado ocorreu: uma mensagem sobre a Criação destinada a milhares de crianças presentes, que reagiram com atenção, interesse e participação. Foi um espetáculo inesquecível; foi também a culminação de um longo processo em que ficou provado que “jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam; mas Deus no-lo revelou pelo Espírito” (I Cor. 2:9-10).
(Igreja Cristã Maranata)

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