quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Projeto recupera floresta no Maranhão

Riqueza das árvores amazônicas
Foto: Romerito Aquino
11/02/2008
Muito se tem falado que o uso de áreas degradadas na Amazônia reduz a pressão do desmatamento de suas florestas. No Maranhão, um projeto da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com o governo do estado, pretende recuperar uma área de um milhão de hectares de floresta amazônica desmatada no oeste do estado.

O projeto da Embrapa quer recuperar a área pelo sistema agrosilvipastoril, que alterna agricultura, pecuária e plantio de florestas. A área em questão foi desmatada nas últimas décadas para fornecer carvão para siderúrgicas e utilizada na criação de gado. O solo está empobrecido e não atende à pecuária.
Para José Mário Frazão, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário da Embrapa, o sistema agrosilvipastoril é a melhor alternativa para gerar alimento e ocupar áreas desmatadas. Segundo ele, a combinação entre lavoura e pecuária já foi realizada com sucesso pela Embrapa no sul do Maranhão.
A novidade no projeto da Embrapa é a participação no ciclo de produção da floresta, que pode ser utilizada tanto em grandes propriedades quanto na agricultura familiar. Para o gerente da Embrapa, o agricultor familiar tem pouca alternativa para geração de renda nessas áreas. “No momento em que você oferece uma tecnologia, que você tem uma receita bem maior, e tem a qualidade do pasto, tem outras alternativas, com certeza ele vai se interessar”, diz o técnico.
Outra inovação do projeto da Embrapa é a possibilidade de criação de ovelhas e cabras, e não somente bovinos. O ciclo começa com o plantio do milho, que gera alimento e pastagem de qualidade melhor. Depois, se introduz o gado e, mais tarde, plantam-se árvores.
O gerente da Embrapa assinala, ainda, que esse método já recuperou três milhões de hectares de florestas degradadas na região Norte. O projeto, segundo a Embrapa, será colocado em prática no final de 2008, quando tem início o ano agrícola no oeste do Maranhão.
Kaxiana/Agência de Notícias da Amazônia

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