
O governo moçambicano revelou que as "queimadas descontroladas" destroem anualmente 219 mil hectares de floresta e são o principal desafio ao meio ambiente no país. O Executivo de Maputo defende que a população se sensibilize para o fim da prática e escolheu o lema "Não às Queimadas Descontroladas, Reduza a Pobreza" para assinalar o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta quinta-feira.A vice-ministra para a Coordenação da Ação Ambiental, Ana Chichava, disse que "em Moçambique a ação do homem é a principal causa da degradação ambiental", como demonstram as "queimadas descontroladas" que assolam o país, majoritariamente feitas por camponeses durante a abertura de novos campos para a agricultura.Para exemplificar a dimensão dos danos provocados por essa prática, Ana Chichava explicou que cerca de 498 mil cajueiros tinham sido queimados só no primeiro semestre de 2007, originando um prejuízo de cerca de 650 mil euros (R$1,6 milhão).Em outubro de 2007, as autoridades da província de Nampula (norte país) anunciaram a apreensão de 531 contêineres com 11 mil metros cúbicos de madeira avaliados em 3,5 milhões de euros (R$ 8,8 milhões), que iam ser ilegalmente exportados para a China.Apesar de a exportação de madeira em toras é proibida em Moçambique, a carga já tinha passado todos os controles, como os serviços de Alfândegas e da Agricultura. Além de prejudicar o meio ambiente, as queimadas também têm causado mortes e destruição de casas, afirmou a representante do governo de Maputo. "Preservando o ambiente, as comunidades estarão elas próprias a contribuir para o sucesso da luta que se trava contra a pobreza no país", ressaltou a vice-ministra da Coordenação da Ação Ambiental.De acordo com os resultados do Inventário Florestal Nacional, a taxa média anual de desmatamento em Moçambique é de 0,58%.
UOL Notícias/Lusa
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