
O mar tem esse nome por ser salgado demais para permitir a vida de peixes e plantas. Seu ritmo de “morte” é relativamente rápido; seu nível fica 80 cm mais baixo a cada ano. No começo do século 20, sua área era de 950 km²; em 1.997 era de 640 km².
Motivo do secamento: o uso da água da bacia para irrigação e evaporação acentuada por conta da indústria de potássio (hidróxido de potássio), informou Michel Beyth, cientista chefe do Ministério da Infra-estrutura de Israel.
O mais curioso é que o projeto foi denominado “Canal da Paz” embora não seja um canal, é mais um aqueduto, Israel e Palestina se unem pela água, além da Jordânia. A água é motivo de conflitos e poderá ser motivo de guerras, conforme prevêem vários articulistas, o contrário desse projeto.
O Banco Mundial poderá financiar o estudo de viabilidade e o projeto que custarão US$ 30 milhões. A construção do aqueduto, um canal de 80 km de comprimento, que instalado no Mar Vermelho para reabastecer o Mar Morto, levaria dez anos e custaria US$ 6 bilhões.
A água que é um bem finito, fundamental a vida, de valor incalculável tem se tornado no decorrer do tempo escassa pelas ações do homem, pela disponibilidade de quantidade e qualidade.
Esse exemplo é lá do outro lado do mundo. Precisamos aprender a pensar global e agir local, conceito da Agenda 21. Pois o DAEE – Departamento de Água e Energia Elétrica de Ribeirão Preto (atua em 95 cidades), já declarou crítica a situação de 9 bacias hidrográficas, pela escassez da água e volume da contaminação.
O que é preciso ser feito, a partir da informação, é questão de escolha, acredito que sociedade civil e governo devam agir de forma rápida. Enquanto isso não acontece, cada um de nós pode praticar o uso racional da água, plantar árvores, dar destino útil ao lixo e tratar melhor as pessoas, que dividem espaço com a gente nesse planeta. Vale tentar.
Cláudio José Silvestre
Advogado e Ambientalista Diretor Executivo da Associação Verde Tambaúe-mail: verdetam@verdetambau.com.br
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