
MELIPEUCO, CHILE - Como muitos de seus vizinhos, Eduardo Mendoza está pagando um preço alto por viver perto do Llaima, o vulcão nevado no sul do Chile que esporadicamente entra em erupção e é visto como um dos mais ativos da América do Sul. Retirado da estação de esqui em que trabalha devido ao alerta vermelho decretado pelo governo quando o vulcão começou a expelir lava, no início do mês, Mendoza e dezenas de outros como ele perderam seus meios de subsistência e estão tendo problemas para alimentar suas famílias. Esta é a segunda temporada consecutiva de esqui interrompida pelo Llaima, situado a 700 quilômetros ao sul de Santiago. "As pessoas não podem ir trabalhar, devido ao perigo", disse Mendoza, enquanto nuvens enormes cercavam o majestoso vulcão, cujas encostas brancas brilham com cicatrizes negras deixadas pela lava expulsa de sua cratera. Ele mostra um vídeo que gravou em seu celular, na terça-feira, do vulcão cuspindo material incandescente a uma altura de 400 metros. Essa atividade forte se deu uma semana depois do surgimento de lava em uma das encostas da montanha. Além do material incandescente e do gás que emana da cratera do Llaima, a maior preocupação é a neve que cobre o vulcão, que pode derreter, provocando a subida do nível de um rio próximo, inundando povoados.
ALERTA VERMELHO
O vulcão entrou em erupção violenta no dia do Ano Novo, obrigando à retirada temporária de alguns turistas e moradores do vizinho Parque Nacional Conguillio. Voltou a expelir cinzas e lava em fevereiro. Este mês, o governo chileno decretou alerta vermelho numa faixa de 15 quilômetros em volta do vulcão de 3.125 metros de altura, e cerca de 60 pessoas já foram retiradas das proximidades. Especialistas dizem que não sabem como o vulcão vai continuar a se comportar. O Llaima intensificou sua atividade após a erupção do vulcão Chaitén, a 1.220 quilômetros ao sul de Santiago, que obrigou à retirada dos moradores de um povoado inteiro. As cinzas do Chaitén, somadas às chuvas que caíram na região, provocaram inundações que destruíram dezenas de casas. A cadeia de cerca de 2.000 vulcões do Chile é a segunda maior do mundo depois da Indonésia. Cerca de 50 a 60 deles possuem registros de erupções, enquanto 500 são considerados como potencialmente ativos.
SIMON GARDNER - REUTERS
Oi amigo querido,
ResponderExcluirObrigada pelo carinho. Estou levando o selinho. Seu post nos leva a pensar muito no que estamos fazendo com o mundo que o Senhor nos deu perfeito.
Amo seu espaço. Uma linda semaninha e paz.
Smack!
Edimar Suely
jesusminharochablig.ig.com.br