quarta-feira, dezembro 24, 2008

A Cruz Vermelha prediz 'super desastres'

Apontando para uma combinação de mudanças climáticas e nas condições sócio-econômicas, a Federação Internacional da Cruz Vermelha e Sociedades Crescentes Vermelhas está predizendo uma continuação de "super desastres".

Num relatório intitulado "Relatório dos Desastres Mundiais, 1999", a federação diz que 1998 marcou uma série recorde de desastres naturais. O grupo indicou o furacão Mitch e uma seca causada pelo El Niño na Indonésia, que trouxeram terríveis conseqüências mas também causaram outros problemas.
Por exemplo, a seca na Indonésia fez com que a safra de arroz na região falhasse, aumentando o custo do arroz importado e desvalorizando muito a moeda local, o que levou a protestos sobre alimentos em Jacarta enquanto incêndios florestais cobriram a área com fumaça densa.
De acordo com o relatório, 96 por cento de todas as mortes em desastres naturais ocorrem em países em desenvolvimento. "Um bilhão de pessoas moram em favelas não planejadas ao redor do mundo e 40 das 50 cidades com mais rápido crescimento estão em zonas de terremotos. Outras 10 milhões de pessoas vivem sob a constante ameaça de enchentes", diz o relatório.
O "Relatório dos Desastres Mundiais, 1999" também diz que no ano passado, os desastres naturais criaram mais refugiados que as guerras. Uns 25 milhões de "refugiados ambientais" foram expulsos de seus Lares pela baixa fertilidade do solo, enchentes ou desflorestamento.
Astrid Heiberg, presidente da Federação Internacional, diz: "Por um lado, todos estão cientes dos problemas ambientais do aquecimento global e do desflorestamento e, por outro lado, dos problemas sociais do aumento da pobreza e das favelas crescentes. Mas quando esses dois fatores colidem, ocorre uma catástrofe de novas escalas. Só na Cruz Vermelha e na Crescente, tivemos um aumento enorme no número de pessoas que precisam da nossa assistência devido a enchentes e terremotos. Nos últimos seis anos, aumentou de menos de meio milhão a mais de 5 milhões e meio".
UNITED PRESS INTERNATIONAL

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