sábado, janeiro 03, 2009

O principal líder do movimento islâmico radical palestino Hamas, Khaled Meshaal, advertiu Israel

03/01/2009
O principal líder do movimento islâmico radical palestino Hamas, Khaled Meshaal, advertiu Israel que não tente uma ofensiva terrestre na faixa de Gaza pois, caso o faça, terá pela frente "um sombrio destino".
O governo israelense manteve neste sábado os bombardeios aos alvos do Hamas na região, que já deixaram 420 mortos e cerca de 2.200 feridos.
Em discurso transmitido neste sábado pela rede de televisão Al Jazeera, Meshaal também afirmou que o Hamas, que controla Gaza desde junho de 2007, não se renderá perante a pressão militar israelense.
"Um sombrio destino pode estar esperando pelos soldados de Israel caso tomem a decisão de entrar em Gaza", afirmou Meshaal em seu discurso, gravado em Damasco, onde reside.
Fontes do Hamas divulgaram que, durante a madrugada, seus homens frustraram a primeira tentativa do Exército israelense de entrar na faixa de Gaza por terra, segundo informou hoje a versão digital do jornal "Haaretz".
No entanto, um porta-voz do Exército negou taxativamente que tenha acontecido uma operação do tipo. "O Exército atacou durante a noite um veículo em que estava Mamduk Jamal (Abu Zakaria al-Jamal) na cidade de Gaza e ele morreu", disse à Agência Efe um porta-voz do Exército.
Segundo o porta-voz, Jamal era \'um comandante militar responsável por várias brigadas de lançamento de foguetes".
Perdas
Meshaal disse em seu discurso que o Hamas "perdeu muito pouco" desde que a zona começou a ser bombardeada por Israel, em 27 de dezembro.
Há oito dias consecutivos, Israel comanda uma operação militar na faixa de Gaza com bombardeios que atingiram diversos pontos vinculados ao Hamas, como ministérios, casas de ativistas, delegacias, mesquitas, a sede de uma ONG e edifícios da Universidade Islâmica e que já matou três importantes líderes do grupo.
Segundo Israel, a ofensiva é uma resposta à violação --e lançamento de foguetes-- do Hamas da trégua de seis meses assinada com Israel e que acabou oficialmente no último dia 19. Trata-se da pior ofensiva realizada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Dirigindo-se aos líderes israelenses, Meshaal disse que "o sangue que recolham em Gaza será o caminho mais curto para o final de sua corrida política", em referência às eleições que acontecem em Israel em fevereiro.
Segundo ele, a resistência palestina sairá vitoriosa dessa ofensiva israelense e seu grupo não cederá de forma incondicional a favor de um cessar-fogo que possa ser alcançado em Gaza. Eles exigem que Israel derrube o bloqueio à região e abra todas as passagens do território.
Ataques
A Força Aérea israelense manteve os bombardeios sobre a faixa de Gaza neste sábado, atingindo ao menos 23 alvos durante a madrugada. Os ataques de hoje foram centrados no norte da região e incluiu, como os ataques desta sexta-feira (2), as casas de importantes líderes do Hamas.
Os bombardeios deste sábado deixaram ao menos três integrantes do Hamas e uma menina mortos. Entre os membros do Hamas está Abu Zakaria al Yamal, comandante militar do grupo, que morreu quando inspecionava posto do Hamas para vigiar a posição dos barcos israelenses.
Os outros dois militantes morreram em um campo de refugiados em Jabalya, atingidos por mísseis lançados por aviões israelenses não-tripulados. Na mesma região, na quinta-feira (1º), o Exército israelense conseguiu matar Nizar Rayan, dirigente do movimento que se encarregava de coordenar as ramificações políticas e militar do Hamas.
Uma menina também morreu nos ataques deste sábado quando sua casa foi atingida por um bombardeio israelense que destruiu também duas pontes no centro da faixa de Gaza, dificultando o acesso da população ao sul do território.
Nesta madrugada, os militantes do Hamas lançaram quatro foguetes e duas bombas contra território israelense, que atingiram as localidades de Sderot e Ashkelon, sem deixar feridos.
Com agências internacionais

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