domingo, fevereiro 08, 2009

Lançamento de satélite iraniano representa desafio para Obama


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04/02 /02
TEERÃ, Irã - O Irã lançou um satélite em órbita na terça-feira e com isso feriu a diplomacia americana.

Seu primeiro lançamento de um satélite coincidiu com as comemorações do 30º aniversário da Revolução Islâmica e gerou preocupações imediatas nos Estados Unidos e outros países sobre o potencial do Irã em usar foguetes de longo alcance para transportar bombas ao outro lado do mundo.
Mas especialistas concordaram que o ato representa uma conquista principalmente simbólica, por causa do pequeno tamanho do satélite. O lançamento de armas pesadas por distâncias intercontinentais exigiria foguetes muito mais potentes.
Ao usar o seu próprio foguete no lançamento do satélite, o Irã se uniu a outras oito nações que usaram sua própria tecnologia para colocar objetos em órbita. Observadores amadores já localizaram o objeto brilhante no céu noturno.
"Diante de oposição e sanções mundiais, o Irã entrou para um clube muito exclusivo", disse Geoffrey E. Forden, especialista em foguetes do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Ele afirmou que o passo é um genuíno "feito tecnológico".
O lançamento acontece em um momento no qual o presidente Barack Obama adota um tom conciliatório em relação a Teerã, sugerindo que irá buscar um diálogo depois de anos de tensões. Até mesmo, ele pode adotar uma linha dura nos próximos meses e adotar sanções mais rígidas contra o Irã.
Os Estados Unidos e outras nações ocidentais acreditam que Teerã quer desenvolver armas nucleares, uma acusação negada pelos líderes iranianos.
Especialistas aeronáuticos disseram que a ação tem inúmeras possíveis implicações militares, ainda que o satélite seja pequeno e leve em comparação a uma arma nuclear.
Quando a União Soviética lançou seu primeiro satélite em 1957, a ação chocou o mundo principalmente por causa da tênue linha técnica que existe entre foguetes que podem lançar objetos em órbita e aqueles que carregam bombas por longas distâncias.
The New York Times /Por NAZILA FATHI e WILLIAM J. BROAD

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