domingo, abril 12, 2009

Jesus: Nossa Verdadeira Páscoa

Após um longo período vivendo como escravos no Egito, Deus intervêm na história dos israelitas e decide tira-los daquela terra por intermédio de Moisés. Inicialmente, Moisés deveria ser o mediador das providências necessárias para a liberação do povo pelo Faraó. Em muitas das tentativas de Moisés de convencer Faraó, este teve o coração endurecido pelo Senhor o que proporcionou o sofrimento de 10 pragas para o povo egípcio (Êx 7 a 12).

A décima praga determinada pelo Senhor, implicaria na morte de todos os primogênitos, desde os animais, até o filho do próprio Faraó. O que poupou os primogênitos dos israelitas, foi um ato de obediência a um mandamento do Senhor: “E falou o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito dizendo: [...] Falai a toda congregação de Israel dizendo: Aos dez deste mês tome cada um para si um cordeiro, segundo as casas dos pais, um cordeiro para cada família. [...] E tomarão do sangue, e pó-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que comerem. E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão.” (Êx. 12:1,3,7 e 8). Não adiantaria ser uma pessoa boa, cumprir ritos religiosos, mas sim cumprir a tarefa de passar o sangue nos umbrais das portas, fazendo assim, o Senhor passaria (Passagem ,Pascoa Protegidos pelo Sangue ) por cima das casas marcadas sem ferir os primogênitos deste lar (Êx 12:13).
Naquela mesma noite, os israelitas saíram do Egito e a partir desse dia, na mesma data, todos os anos eles comemoravam a festa da páscoa. A festa consistia em matar um cordeiro e comer a sua carne, conforme estipulou o Senhor (Êx 12:11 e 14). Todos os cordeiros mortos representavam o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29) e que seria morto em uma páscoa.
Esta festa deveria ser comemorada e principalmente transferida para as gerações futuras (Êx 12:24), contudo, essas comemorações seriam apenas símbolo da verdadeira páscoa que estaria por vir. Paulo escreveu aos Coríntios: “Cristo é a nossa páscoa” (I Cor 5.7). Sua morte significou o nosso livramento, a nossa salvação. Ninguém poderá se salvar baseado em sua própria justiça ou bondade, mas é o sangue de Jesus, o cordeiro de Deus, que nos salva. Ele morreu para que não morramos espiritualmente, mas tenhamos a vida eterna.
Jesus antes de ser crucificado, conversando com seus discípulos disse: “Bem sabeis que daqui a dois dias é a páscoa; e o Filho do homem será entregue para ser crucificado” (Mt 26:2), um pouco mais a frente, lemos que os discípulos prepararam a festa da páscoa conforme as ordens de Jesus e celebraram a última páscoa com Ele “E os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara, e prepararam a páscoa” (Mt 26:19). Existia um desejo em Jesus em cumprir a vontade de Deus para Ele, assim o seu desejo era cumprir a páscoa, se entregando como o cordeiro sem mácula por todos nós (“E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça” Lc 22:15)
Assim, hoje, não temos apenas uma festa em um determinado dia. Não precisamos matar um cordeiro e muito menos passar o seu sangue nos umbrais das portas de nossas casas, pois tudo isso já foi realizado espiritualmente através de nossa redenção em Cristo Jesus.
Infelizmente, a páscoa perdeu o seu verdadeiro significado, tornando-se apenas uma data para que o comércio fature com as vendas de chocolate e coelhos, que não tem ligação alguma com o sentido original desta festa. Claro que não é proibido comer chocolate, mas este não é o sentido real que deve nos motivar. Na páscoa, e em todos os outros dias, devemos nos recordar que Cristo nos salvou e purificou se entregando por nós.
Páscoa é uma celebração de fé (Hb 11:28).

“Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Rm 5:8)
Transcrito do Blog : . . Diálogos de Ontem: trazendo a memória…

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