domingo, outubro 04, 2009

A VERDADE PÓS-MODERNA

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” – João 8:32

Vivemos um momento inédito na história da humanidade. Nunca antes o homo sapiens teve acesso a tanta informação (de forma democrática) como temos nos dias atuais. Hoje, qualquer pessoa com um computador ligado à Internet acessa ao Google e pesquisa qualquer coisa que lhe interesse. Essa característica talvez seja o maior reflexo da nossa atual condição sócio-cultural contemporânea, denominada Pós-Modernismo, que:
Segundo um dos pioneiros no emprego do termo, o francês Jean-François Lyotard, a “condição pós-moderna” caracteriza-se pelo fim das metanarrativas. Os grandes esquemas explicativos teriam caído em descrédito e não haveria mais “garantias“, posto que mesmo a “ciência” já não poderia ser considerada como a fonte da verdade.
Outros aspectos desse momento podem ser destacados: O excesso de informação que quebra paradigmas; a falta de uma verdade absoluta que sirva, ao menos, como referência; a oferta excessiva de relatividade que nos força a viver uma vida superficial.
Atrelado a esse momento sócio-cultural, somos estrangulados por uma falta de tempo (in)comum, que nos dificulta a realização de tudo aquilo que ‘precisamos’ e/ou desejamos. Essa rotina de vida pós-moderna vai, ao poucos, cauterizando nosso senso crítico, ao mesmo tempo em que nos torna seres humanos sem sonhos, sem aspirações, sem desejos… Vivemos uma vida automática, na maioria das vezes, guiados por nossos sentidos; como se o homo bios se sobrepusesse ao homo sapiens…
Não é à toa e sim por conta disso, a cada dia nos tornamos pessoas mais infelizes, mais incompletas e mais insatisfeitas. Reclamamos de tudo; do transito, da violência, do trabalho, da esposa, da Igreja, da religião e até mesmo, pasmem vocês, de Deus! Aos poucos, somos transformados em escravos do tempo em que vivemos e de nós mesmos! E nem mesmo o acesso a toda e qualquer informação parece ser capaz de nos libertar, ou ao menos aliviar, dessa prisão solitária que perece ser o destino de todo ser humano pós-moderno!
Temos comida, mas nos sentimos famintos. Temos água, mas nos sentimos sedentos. Temos alegrias, mas nos sentimos infelizes. Temos informações, mas nos sentimos perdidos. Temos Cristo, mas nos sentimos sós! A sós num deserto gelado!
Chesterton tinha um personagem fictício chamado Father Brown que dizia: ‘Quando as pessoas cessam de acreditar em alguma coisa, não passam a acreditar em nada, mas acreditar em qualquer coisa’! Esse é o maior perigo dos tempos atuais!
Cristo foi explicito ao afirmar que Ele é o caminho, a verdade a vida! Mas, e nós hoje? Que afirmamos ser cristão; que vamos à Igreja (ou não); que acreditamos na Graça e/ou na Lei; exaltamos a Cristo… Que efeitos práticos isso realmente traz à nossas vidas? Será que não estamos deixando escapar alguma coisa? Ou fazendo do cristianismo apenas mais alguma coisa relativamente pós-moderna?
Blog dos Trinta / Rogério Prado (MARANATA! – 1 Co 16:22)

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