Dezenas de milhares de crianças foram abusadas sexualmente no Zimbábue em uma crescente epidemia que chocou os ativistas pelos direitos humanos.
Outras organizações dedicadas a ajudar as vitimas estão na defensiva devido ao clima de tensão política no Zimbábue. Betty Makoni, fundadora da Girl Child Network (GCN), já socorreu mais de 25 mil meninas que sofreram abuso sexual. Ela foi obrigada a deixar o país depois que recebeu ameaças. Betty afirma que o número real de vítimas seria provavelmente o dobro do registrado pela clínica Family Support and Trust. A vítima mais nova foi uma criança de apenas 1 dia e a mais velha foi uma senhora de 93 anos. Betty Makoni declarou que crianças menores de 13 anos são obrigadas a casar e muitas foram estupradas e mantidas como reféns em acampamentos de milícias. Segundo ela, muitos ainda acreditam que o homem portador do vírus HIV pode ser curado caso tenha relações sexuais com uma virgem.
A crise econômica, a violência política e a fome no Zimbábue levaram muitas pessoas a saírem o país na última década. Muitos deixam seus filhos aos cuidados de parentes ou amigos e enviam dinheiro. Um grande número de crianças perdeu os pais devido ao HIV/Aids ou outras doenças. O país tem a expectativa de vida mais baixa do mundo. Homens vivem em média 37 anos e mulheres 34 anos.
Opinião e Notícia / Fonte: AP
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