quarta-feira, janeiro 14, 2009

Sarampo ainda ameaça a Europa; metas de erradicação são improváveis

13/01/2009
O sarampo continua sendo um problema de saúde pública na Europa, e existem "sérias dúvidas" de que ele possa ser eliminado até 2010, como esperavam agentes de saúde, segundo um novo relatório publicado no "The Lancet".A Euvac.net, uma rede online que monitora doenças infecciosas na Comunidade Europeia, compilou dados de 32 países, da Islândia à Turquia.

Em 2006 e 2007, houve 12.132 casos de sarampo na Europa. A maioria ocorreu em cinco países: Reino Unido, Alemanha, Itália, Romênia e Suíça. Sete mortes foram registradas.Em contraste, em países do Terceiro Mundo, cerca de 200 mil crianças por ano morrem de sarampo, geralmente por serem mal-nutridas e não receberem cuidados médicos. Na última década, campanhas de vacinação levaram à queda nas taxas de mortalidade, que antes chegavam a 750 mil.A maioria dos casos europeus ocorreu na população em geral, mas houve surtos em grupos específicos, incluindo "roma" e "sinti" - algumas vezes chamados de ciganos - na Itália e na Romênia, "viajantes" do Reino Unido e da Noruega, e judeus ortodoxos na Bélgica e no Reino Unido. Os casos na Suíça se concentraram em Lucerna, os da Alemanha, na Bavária e em Hesse. Outros relatos observaram que, nessas áreas, as taxas de vacinação são mais baixas em famílias classificadas como "difíceis de alcançar" pelas autoridades e em escolas que praticam a homeopatia e a filosofia médica do teórico do final do século 19 e começo do século 20, Rudolf Steiner.Há seis anos, pediatras da Alemanha e da Suíça tiveram uma breve discussão pública sobre a necessidade dos visitantes de um e outro país receberem vacinas preventivas antissarampo.
Por Donald G. Mcneil Jr.The New York Times/UOL Ciência e Saúde

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