sábado, abril 25, 2009

Mais de 87.000 iraquianos mortos desde 2005

25/04/09
As estatísticas do governo iraquiano, a que a Associated Press (AP) teve acesso, indicam já morreram 87.215 iraquianos em consequência da invasão de 2003 liderada pelos EUA.

Estes dados referem-se ao período entre 1 de Janeiro de 2005 e 28 de Fevereiro de 2008 e têm que ver com ataques violentos - bombas, tiroteios, mísseis e execuções sumárias. Ficam assim excluídos os estragos em infra-estruturas, a degradação do sistema de saúde e o stress de guerra que, só por si, causou a morte a milhares de pessoas.
Segundo fonte citada pela AP, a estimativa é de que este número possa ser 10 a 20 por cento superior. Há ainda que ter em conta os milhares de pessoas que continuam desaparecidas e ainda todos os funerais que escaparam aos registos oficiais.
Recolher dados relativos ao número de civis iraquianos mortos não é fácil. O Ministério da Saúde iraquiano começou a ter registos dos óbitos a partir de 2005 e a Organização das Nações Unidas (ONU) começou a usar esses números para publicar os números oficiais de mortos. No entanto, quando em 2007 a escalada de violência aumentou, os registos desapareceram não obstante os insistentes pedidos da ONU.
O maior inquérito realizado no Iraque foi levado a cabo, em 2007, pela Organização Mundial de Saúde e concluiu que 151.000 iraquianos, incluindo rebeldes, tinham perdido a vida entre 2003 e 2005. Um relatório, bem mais controverso, foi conduzido pela Universidade Johns Hopkins de Baltimore em parceria com a Universidade Al-Mustansiriya de Badgad: estimava que teriam falecido mais de 600.000 pessoas de causas violentas.
Ontem, 23, dois atentados causaram a morte a 80 pessoas. Já durante o dia de hoje, 24, pelo menos 55 pessoas morreram e 60 ficaram feridas num duplo atentado suicida em Bagdad. “A maioria das vítimas são pessoas que se preparavam para a oração da manhã”, disse um responsável do Ministério do Interior.
DN Globo

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