quarta-feira, setembro 23, 2009

Pais de Madeleine McCann pretendem retomar as buscas pela filha desaparecida


23/09/09 Os pais de Madeleine McCann, a menina inglesa que desapareceu no Algarve em 2007 reuniram-se nesta quarta-feira com seus advogados em Lisboa, Portugal. Segundo informações da agência Lusa, Gerry e Kate McCann anunciaram em entrevista que pretendem retomar as buscas pela filha, que desapareceu de um quarto de hotel às vésperas de completar 4 anos.

A mãe, que não voltava ao país desde que foi considerada, junto com o marido, como suspeita do caso, declarou:
- Só queremos melhorar as buscas para encontrar Madeleine, independentemente da reabertura do caso ou não.
O caso do desaparecimento da menina foi fechado pela polícia portuguesa há mais de um ano. Madeleine desapareceu em 3 de maio de 2007, quando tinha três anos de idade, do quarto de um apartamento num complexo turístico na Praia da Luz, distrito de Lagos, no Algarve (sul do país), onde passava férias com os pais e os dois irmãos.
A última vez que a família McCann falou imprensa foi na Inglaterra no dia 9 deste mês, quando Gerry se manifestou "satisfeito" com a decisão de um tribunal português de proibir a venda do livro "A Verdade da Mentira", do ex-inspetor da Polícia Judiciária (PJ) Gonçalo Amaral.
Numa conferência de imprensa em Rothley, localidade no norte de Inglaterra onde reside a família, Gerry McCann acusou Gonçalo Amaral de não ter provas que sustentem a teoria exposta no livro.
- Defender, como ele fez, que Madeleine está morta e que nós, como pais, estivemos de alguma forma envolvidos no desaparecimento causou à nossa família um enorme desgosto e continua a fazê-lo - afirmou Gerry.
O pai disse, num depoimento que leu aos jornalistas, que efeitos negativos do livro e do vídeo produzido depois se sentiram na busca por Madeleine e invocou a necessidade de proteger os dois outros filhos, Sean e Amelie.
O Tribunal Cível de Lisboa proibiu a venda do livro "A Verdade da Mentira" sobre o desaparecimento de Madeleine McCann, da autoria do ex-inspetor da PJ Gonçalo Amaral, e ordenou a retirada dos exemplares disponíveis no mercado.
A decisão do tribunal foi o resultado de um procedimento cautelar instaurado contra o ex-inspetor e as editoras para impedir a continuação da divulgação do livro e do vídeo nele baseado, assim como das teses neles difundidas que apontam para um envolvimento dos pais no desparecimento da criança.
Gerry e Kate McCann chegaram a ser constituídos suspeitos no âmbito do inquérito sobre o desaparecimento da filha, mas acabaram por ser ilibados. O Ministério Público arquivou o caso, que, no entanto, poderá ser reaberto se surgirem novas provas que o justifiquem.
O Globo

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