segunda-feira, novembro 16, 2009

Doença ataca peixes no rio Zambeze

13/11/2009
Segundo a Organização da ONU para Agricultura e Alimentação, mais de 700 mil pessoas e 2 mil povoações estão expostas a uma situação de insegurança alimentar; o peixe é o alimento mais barato para obter proteinas e também representa uma importante fonte de rendimentos.

Uma doença mortífera está a dizimar os peixes do rio Zambeze, ameaçando o modo de vida e o acesso de milhões de pessoas a comida.
O alerta foi lançado esta terça-feira pela Organização da ONU para Agricultura e Alimentação, FAO.

Taxa de Mortalidade

Um comunicado do órgão indica que a doença, conhecida por Síndrome Epizootic Ulcerative, em inglês, é causada por um fungo que provoca lesões profundas nos peixes e resulta numa elevada taxa de mortalidade.
A FAO afirma que até agora o país mais afectado é a Zâmbia onde estão cerca de 2/3 da bacia do rio Zambeze. Mas o rio também passa por outros sete países africanos, incluindo Angola e Moçambique.
A agência da ONU alerta que a doença pode alastrar-se a outros países abrangidos pelo rio Zambeze assim como a outros cursos naturais de água na região se ela não for contida.
De acordo com o comunicado, mais de 2 mil aldeias e 700 mil pessoas na Zâmbia enfrentam a fome já que a pesca é a principal fonte de rendimento e uma das fontes mais baratas de proteína em muitas regiões rurais.

Mundo Aquático

O órgão indica que normalmente o peixe infectado não representa uma ameaça para os seres humanos. Contudo, não recomenda a sua comercialização. A agência sugere ainda que esse peixe não seja consumido.
De acordo com o Sistema Global de Informação e Prevenção da FAO, a Síndrome Epizootic Ulcerative é uma das doenças mais perigosas no mundo aquático. Ela foi detectada pela primeira vez no Japão nos anos 70.
Desde 2007, a agência da ONU tem monitorado os sete países com medidas que envolvem diagnósticos, gestão da saúde aquática e vigilância nos locais de risco.
Carla Fernandes, da Rádio ONU em Nova Iorque

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