Políciais 'mortos' no norte da RD Congo

A polícia estava tentando intervir em conflitos sobre direitos de pesca entre os dois grupos étnicos [AFP
30 outubro, 2009
Aldeões armados mataram pelo menos 47 policiais que estavam tentando intervir em confrontos étnicos no norte da República Democrática do Congo, os relatórios dizem.

Um número de civis também foram mortos na violência que eclodiu na cidade de Dongo, na província de Equateur início na quinta-feira, patrocinada pela ONU Rádio Okapi, citando autoridades locais.
Moradores de aldeias vizinhas que representam dois diferentes grupos étnicos têm sido conflitantes nos últimos meses sobre direitos de pesca.
As autoridades do governo na capital, Kinshasa, disse que eles estavam cientes dos confrontos, mas não foi possível confirmar o número de policiais e civis mortos.
"Eles estão brigando por lagoas de pesca. Nós sabemos que houve confrontos. Lá estava lutando com facões e espingardas de caça, mas neste momento não sabemos quantos mortos existem", Lambert Mende, ministro da República Democrática do Congo de informação, dito.
"Os policiais foram enviados para restabelecer a ordem. Eu não sei porque eles teriam sido atacados", disse Mende.
A violência não está ligada à luta no leste da RD Congo, em que os grupos hutus ruandeses, que fugiram de Ruanda após ter ajudado a orquestrar o genocídio na década de 1990, são acusados de atrocidades.
Joseph Kabila, presidente da República Democrática do Congo, disse que suas forças estão tendo sucesso contra milícias ruandesas lá.

"Ganhar o chão '

Falando a repórteres na sexta-feira durante uma visita à África do Sul, Kabila disse que a operação contra os hutus ruandeses continuaria até que ele "controla todo o território".
Kabila disse que a situação estava começando a se estabilizar, nove meses após o início da ofensiva, e que os civis na província de Kivu do Norte começaram a regressar às suas aldeias.
Centenas de milhares de pessoas foram deslocadas em consequência dos combates.
Uganda e as forças da RDC iniciaram uma operação coordenada contra Lord's Resistance Army (LRA), que espalhou em território RD Congo em finais de 2008.
O LRA, envolvido em um dos mais longos conflitos da África, correndo contra o governo de Uganda, também ampliou seu alcance no Sudão e na República Centro-Africano (CAR)
Fonte: Aljazeera e Agências